POR ARI DO REGO DOS SANTOS (ARI DURREGO), graduado em Geografia e funcionário público municipal
Em
uma palestra proferida no IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília), no
dia 20 de maio de 2013, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim
Barbosa disse o seguinte: “Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos
identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em
casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência
ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus partidos e os
seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou
ideológica. Querem o poder pelo poder”. Diante desta afirmação, fica a
pergunta, será que ele falou alguma inverdade?
Há muito tempo a sociedade brasileira
já deveria saber o que Joaquim Barbosa falou. Desde a promulgação da
Constituição Federal em 1988 que garantiu a livre criação de partidos políticos
no Brasil que estes têm surgidos fundamentados na busca por poder e só. Sob o pretexto da representatividade se
organizam apenas para atender interesses de seus membros condutores a procura
de privilégios.
E isso fica mais evidente quando se
trata do Legislativo. No período eleitoral, as campanhas de cada grupo giram
entorno de uma conjuntura formada por alianças partidárias em busca de eleger
os candidatos a presidente e vice, governador e vice, senadores, deputados
federais e estaduais e nos pleitos municipais o prefeito e vice e os vereadores.
Passado esse período, formam-se, geralmente, dois grupos no Legislativo: Um
grupo formado pelos eleitos da composição do executivo vencedor e outro
“defensor” do executivo perdedor. Daí em diante começa o jogo de interesses,
particulares é claro. Os da situação passam a defender cegamente o gestor e os
da oposição só criticam, e na primeira oportunidade que surge mudam de lado e o
PARTIDO simplesmente nada faz para mudar essa situação. Pelo contrário, segue a
mesma regra. Na verdade o partido só existe na hora da divisão dos cargos e
vantagens administrativas.
E o povo? Bem o povo só Deus para
salvar-lo das mazelas nossos de cada dia. Os legisladores, sem generalizar, formulam
seus próprios princípios e estes são fundamentados de acordo com seus
interesses e aspirações como se fossem os donos absolutos do poder e não devessem
explicações a ninguém.
Eles são os nossos legítimos representantes junto as
decisão políticas tão importantes na organização da convivência coletiva no
país. Mas infelizmente a grande maioria deixa de cumprir suas funções
legislativas; se envolvem com corrupção ou decidem por si próprios, por um
pequeno grupo formado por familiares e apaniguados; agredindo a honra do povo e
enfraquecendo o estado democrático.
E a falta de punição, por parte da população votante,
é a condição para a existência desta triste realidade. Aliás, isso é o que os
próprios legisladores dizem como fez o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF),
também participante da referida palestra, quando colocou o seguinte: “O nosso
Congresso Nacional é reflexo da sociedade brasileira, representa o Brasil com
suas qualidades e seus defeitos”. Alguém tem dúvida disso?
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