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sexta-feira, 31 de maio de 2013

PARTIDOS POLÍTICOS NO BRASIL: PSEUDOS ELEMENTOS DEMOCRÁTICOS

POR ARI DO REGO DOS SANTOS (ARI DURREGO), graduado em Geografia e funcionário público municipal  

       Em uma palestra proferida no IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília), no dia 20 de maio de 2013, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa disse o seguinte: “Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder”. Diante desta afirmação, fica a pergunta, será que ele falou alguma inverdade?
         Há muito tempo a sociedade brasileira já deveria saber o que Joaquim Barbosa falou. Desde a promulgação da Constituição Federal em 1988 que garantiu a livre criação de partidos políticos no Brasil que estes têm surgidos fundamentados na busca por poder e só.  Sob o pretexto da representatividade se organizam apenas para atender interesses de seus membros condutores a procura de privilégios.
         E isso fica mais evidente quando se trata do Legislativo. No período eleitoral, as campanhas de cada grupo giram entorno de uma conjuntura formada por alianças partidárias em busca de eleger os candidatos a presidente e vice, governador e vice, senadores, deputados federais e estaduais e nos pleitos municipais o prefeito e vice e os vereadores. Passado esse período, formam-se, geralmente, dois grupos no Legislativo: Um grupo formado pelos eleitos da composição do executivo vencedor e outro “defensor” do executivo perdedor. Daí em diante começa o jogo de interesses, particulares é claro. Os da situação passam a defender cegamente o gestor e os da oposição só criticam, e na primeira oportunidade que surge mudam de lado e o PARTIDO simplesmente nada faz para mudar essa situação. Pelo contrário, segue a mesma regra. Na verdade o partido só existe na hora da divisão dos cargos e vantagens administrativas.
         E o povo? Bem o povo só Deus para salvar-lo das mazelas nossos de cada dia. Os legisladores, sem generalizar, formulam seus próprios princípios e estes são fundamentados de acordo com seus interesses e aspirações como se fossem os donos absolutos do poder e não devessem explicações a ninguém.
            Eles são os nossos legítimos representantes junto as decisão políticas tão importantes na organização da convivência coletiva no país. Mas infelizmente a grande maioria deixa de cumprir suas funções legislativas; se envolvem com corrupção ou decidem por si próprios, por um pequeno grupo formado por familiares e apaniguados; agredindo a honra do povo e enfraquecendo o estado democrático.
E a falta de punição, por parte da população votante, é a condição para a existência desta triste realidade. Aliás, isso é o que os próprios legisladores dizem como fez o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), também participante da referida palestra, quando colocou o seguinte: “O nosso Congresso Nacional é reflexo da sociedade brasileira, representa o Brasil com suas qualidades e seus defeitos”. Alguém tem dúvida disso? 

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